quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Por que devemos usar óculos?

Eu acho que todo mundo que usa óculos teve a primeira experiência de descobri que não enxergava bem. Comigo foi bem engraçado quando eu coloquei o óculos no rosto pela primeira vez e percebi que por muito tempo eu achei que era normal enxergar o rosto das pessoas embaçado e o letreiro do ônibus só quando já estava bem perto. Enxergar com o olho do outro realmente devia ser uma experiência possível. Eu sempre pratico esse exercício com o Guto e ele fica bobo quando eu mostro pra ele o quanto o meu segundo par de olhos é essencial para o meu dia-a-dia.


Esse exercício pode ser praticado de diversas maneiras se sairmos do sentido físico de realmente "emprestar nossos olhos ao outro". Mas, morando em outra região temos uma experiência bem parecida... Seguinte, como eu já disse, aqui em Rondonópolis tem gente de várias regiões desse Brasilzão, a começar por MUITA gente do Sul do país, e é incrível como nós do Sudeste quando lembramos que o Mato Grosso existe, temos uma visão muito equivocada sobre ele. O engraçado é que a visão que se tem dos cariocas é muito do que nós imaginamos mesmo, experimente falar que você é carioca aqui e se for mulher, vai perceber que eles logo imaginam você morando em frente a praia, andando de biquini o dia inteiro e se for homem, jogando vôlei de praia e bronzeado de Sol, rs. Ou seja, o Rio de Janeiro é praia e ponto! Quem tá ai no Rio imagina o Mato Grosso como o fim do mundo, mas não é, tem shopping aqui gente, rs. Aqui não é só mato, não é só o Pantanal e é um estado tão grande que eles viajam 700km como quem vai na praia no fim de semana... Alias, não é tudo o mesma coisa, como imaginamos e o cuiabano é muito diferente das pessoas de Rondonópolis, por exemplo.
Ah sim, e se você conversar com um gaúcho, você vai perceber que apesar de saírem da sua região pra trabalhar aqui no interior do país, eles tem uma verdadeira adoração pelo Sul e para eles é o melhor lugar do país, onde tem as pessoas mais bonitas, mais educadas e nas palavras deles, "limpas". Aqui não tem muitos negros e o mais moreno aqui é cuiabano descendente de índio, então você não vê muitos cabelos crespos igual no Rio.
Sábado passamos horas conversando sobre isso com os nossos vizinhos, duas eram aqui de Mato Grosso, uma do Sul e nós do Rio de Janeiro, compartilhamos problemas dos nossos estados e rimos muito das nossas visões equivocadas uns dos outros, como por exemplo de que o "Sul não é Brasil", como eu já ouvi muito ai no Rio (o que, pelo visto, eles não discordam tanto assim, rs). Aqui quase não tem nordestino também, e rola sim um certo preconceito igual rola no Sul com o negro/pardo que vai pra lá. No fim, acabamos constatando que o nosso país é tão grande que seria impossível não haver essas diferenças e que o preconceito é muito baseado na falta do "conhecer" e do "conviver".

Achei na internet umas versões humoradas da visão que fazemos uns dos outros, é claro que salvo as devidas proporções tendemos a colocar "todo mundo no mesmo saco".
Mapa do Brasil segundo Gaúchos

Mapa do Brasil segundo os cariocas

Mapa do Brasil segundo os paulistas


Pensando nisso, eu vejo como uma oportunidade grande a de exercitar o "enxergar com o olho do outro". É um exercício para experimentarmos fazer, por exemplo, quando lemos uma notícia no jornal ou quando recriminamos a atitude de alguém no dia-a-dia. Entender porquê o professor tá nas ruas em greve gritando, porquê o médico não quer ir para o interior do país, porquê a Dilma chamou médicos estrangeiros, porquê o Vitinho saiu do Botafogo (rs), porquê o policial militar tá batendo e jogando spray de pimenta em manifestante, porquê o manifestante aparece agredindo o policial naquele vídeo da televisão, enfim... é um exercício que poderíamos tentar fazer, pelo menos. Eu sei que muitos desses "porquês" não justificam nada, mas encontrar a causa pode servir para que na próxima fez se mude o efeito.

Por exemplo, eu sempre me perguntava porquê a Suelen gostava de sertanejo, até eu ir no show do Luan Santana e ver que mesmo ainda não gostando de sertanejo, não é tão ruim quanto eu imaginava. Falando nisso, quer um choque cultural? Vá a um rodeio de verdade!




Um beijo pra vocês,
Estamos com saudades ;D

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

E você estiver atoa... Maringá RJ/MG

Descobri que tá todo mundo gostando daqui, que feliz!
Bom, depois de ler sobre Penedo, Visconde de Mauá e Maringá lá no blog Casando Sem Grana, eu lembrei da nossa Lua de Mel e me deu uma vontade de fazer propaganda daquele lugar. Eu falei aqui no último post que eu queria voltar para aquele café da manhã ma-ra-vi-lho-so da nossa Lua de Mel, mas o que eu queria mesmo para voltar em Maringá de novo.
Ô Lugarzinho bom!

Nós ganhamos a Lua de Mel dos nossos amigos e foi um presente surpreendente, com certeza se tivéssemos escolhido não teria sido tão perfeitamente planejado como foi. Começamos em Penedo - RJ, ficamos em uma pousadinha meio afastada do Centro, chegamos (graças aos nossos amigos Diogo e Larissa) domingo a noitinha e só saimos para conhecer o centro de Penedo na segunda já no final da tarde. Andamos pela aquela partezinha de lojas e fomos jantar. Visitamos várias lojinhas/fábricas de chocolates e experimentamos fondues e chocolates maravilhosos! Por um motivo que eu não me lembro bem (13 meses atrás, né gente? rs) minha câmera deu ruim lá em Penedo e não tiramos fotos lá, só temos a do celular do Guto que não ficaram muito boas por causa da iluminação. Na volta pra casa, no final do passeio passamos por Penedo de novo e aí sim tiramos algumas fotos. Da primeira visita, a única foto decente que temos é essa ai do meu maridão gato com o ombro ruim, rs.


Na terça de tardinha pegamos um serviço de transporte lá em Penedo que nos levou até Maringá. Um senhor muito simpático que nos levou foi contando a história da região, falando sobre a estrada, apontando pontos turísticos e dando várias ideias legais pra gente. No caminho paramos no ponto mais alto do trajeto, alias, diga-se de passagem, que caminhozinho estranho, hein... Pra quem não conhece é uma verdadeira aventura toda aquela subida de serra sinuosa com curvas pra lá de perigosas.

Chegamos em Maringá e ele nos deixou na Pousada que iriamos ficar, graças a Deus era bem pertinho do Centro, uns 5 minutos de caminhada. A Pousada foi O charme da Lua de Mel, perfeita! Não tenho o que mudar lá. Toda a equipe super atenciosa, o chalé super confortável, bem decorado, com todo o romantismo que uma lua de mel merece.
Nós, por causa do acidente (conto aqui depois) estávamos sem carro e fomos e voltamos da Lua de Mel de carona, então a Pousada escolhida ter sido pertinho das lojas e restaurantes foi muito bom, porque se não ficaríamos mais presos na Pousada. Enfim, tudo uma gracinha!
A cidade é bem pequenininha mesmo, sabe? O mais curioso foi a possibilidade de estarmos em dois lugares ao mesmo tempo, eu explico: Maringá tem uma parte mineira e outra carioca e o que separa os dois estados é apenas uma pontezinha de travessia de pedestres! É ou não é um charme?
Fez muito frio enquanto estávamos lá, nem aguentávamos ficar até tarde na rua, jantávamos cedo e voltavamos pra pousada que tinha uma Videoteca em que podíamos pegar DVDs e assistir debaixo das cobertas!
Dá pra conhecer Maringá em um dia e sobra tempo, ainda mais que devido as nossas condições físicas não fizemos nenhum dos passeios mais radicais que tem por lá, como trilha, cachoeira e triciclo, ficamos bem quietinho passeando pelas lojinhas e comendo chocolate!



A atração da viagem sem dúvida foi o Restaurante Borbulha. Jantamos lá e o lugar é super romântico daqueles que não se encontra por ai. Tiramos muitas fotos lá, o chef super simpático deu dicas de pratos e de música pra gente. O Guto é claro mergulhou no Museu do Vinil do Sr.Borbulha e ele colocou pra ouvirmos três versões da música que tocou no casamento dele!





No fim da viagem contamos com a ajuda do Holden e da Natane que foram lá nos buscar, serviço V.I.P, viu? É claro levamos eles pra almoçar no Borbulha e mais uma vez nos deliciamos com a Truta e a música de altíssima qualidade.
Aproveitamos pra dar uma passadinha de novo em Penedo e tirar algumas fotos, rs.

Na foto da esquerda para direita: Restaurante Borbulha, Ponte Minas-Rio e nossa segunda ida a Penedo.
Em baixo, nossos amigos e padrinhos.

Se for pra dar uma nota pra Lua de Mel em geral eu daria 10,0! Fomos para dois lugares simples, mas cheio de romantismo e fizemos o que precisavamos, curtimos um ao outro sem pressa e sem compromisso. Penedo é realmente especial como diziam, mas Maringá é um lugar que todo casalzinho deveria ir pra retirar da correria da cidade grande e conhecer um pouquinho de que é paz e tranquilidade, nem nossos telefones pegavam lá, gente! Foram dias totalmente dedicamos um ao outro. Tudo que pedimos a Deus!

E agora, depois de 13 meses, eu só tenho a agradecer aqueles que nos deram força quando pensamos em desistir da Lua de Mel por conta do acidente, a todos que se dispuseram a ajudar e aos quatro que super nos ajudaram, Diogo, Larissa, Natane e Holden - nossos motoristas! E é claro, aos amigos da Rural que nos presentearam com essa viagem maravilhosa que nos trouxe muitas felicidades e gostinho de quero-mais!


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Bodas de Papel "rondononopolitanas"



Como a nossa vida muda em pouco tempo, né?
Ansiosa como eu sou já pensava nas bodas de papel desde o primeiro mês de casamento, pensava em voltar ao café da manhã delicioso de Visconde de Mauá (onde passamos a Lua de Mel), pensava em fazer um jantarzinho com os pais e os padrinhos, pensava em ir pra um lugar legal e outras mil coisas. Dai, passaram-se os meses e eu não aguentava ficar 10 dias longe do meu bem, chorava, chorava, até que tivemos a ideia de me trazer pra cá, pra que pudêssemos ficar juntos. Estamos morando aqui desde fevereiro e foi tanta coisa, fortes emoções que por um momento me fizeram esquecer das bodas de papel. Mas ai, em Junho eu lembrei! E pertubei, surtei, gritei, reclamei, porque aqui eu não sabia o que fazer! Me perdi! Como ir pra Visconde de Mauá? Como chamar os amigos pra um jantar? E o pior, já que viajaremos para o Rio esse mês não rolava gastar grana com outra viagem.Por um momento eu desisti, até a cabeleireira sofreu um acidente de moto bem na semana e não podia fazer meu cabelo. Acabou-se, desisti! "Óh vida cruel!" - eu pensava!
Já sei: "Guto, bodas de papel, temos que nos presentear com uma carta com um feedback do nosso primeiro ano  de casados, coisas boas e coisas que podemos melhorar. Vamos sair pra jantar no sábado (06) já que o restaurante mais legal daqui não abre no domingo e tomar café na Moinho uma padaria maravilhosa daqui no domingo(07) e passaremos o dia juntinhos!"
Acabou que na semana, colocamos maior pilha para nossos vizinhos do condomínio organizarem um churrasco pra unir o pessoal, e qual foi a data escolhida? O SÁBADO! Você lembrou? Eu e o Guto, não! Só fomos nos ligar depois e já tava todo mundo mega animado e decidido. "Tá bom, amor, esquece o jantar!"


Conclusão: o churrasco de sábado foi maravilhoso, em todos os sentidos, churrasco gaúcho do bom, música boa, conversas boas e pessoas boas, tudo de bom! Nos divertimos até 3h da manhã batendo papo e se conhecendo... Ganhamos uma cesta de chocolate dos amigos do trabalho do Guto e no domingo... acordamos 11h da manhã enrolamos na cama até 11:30h e eu não tive coragem de ir pra padaria tomar café meio dia! Então vamos direto para a continuação do Churrasco! E lá fomos nós comemorar nosso primeiro ano de casados ao lado de pessoas que conhecemos a pouco mais de 2 meses e outras que tínhamos acabado de conhecer. Pra nossa surpresa, tinha um casal que fazia 12 anos de casado no domingo também, então foi comemoração dupla! Recebemos abraços, votos, parabéns e felicitações de pessoas que nem imaginávamos conhecer a um ano atrás. E querem saber? Foi demais!

De tarde tomamos um sorvete, pra me deixar mais gorda feliz ainda, e a noite fomos jantar em um restaurante bem legalzinho o único aberto. 


Vocês devem está se perguntando da carta, né?

Que bom que vocês lembraram, porque nós não! 
É o que eu digo, a vida real não é a história da Cinderela e muita coisa acontece depois do felizes para sempre. O romance na vida real não está em comemorar um ano de casado em alto estilo, está em comemorar unidos, apaixonados, felizes e perfeitos como eu e o Guto estamos. O romance na vida real está em ouvir o outro, rir das manias, aconselhar, chorar e orar juntos; o romance é diário. É no café da manhã, no almoço e no jantar, de segunda a domingo, todos os dias, não é no dia 12/06 ou 07/07, o romance é morar aqui em uma cidadezinha longe de tudo e ainda assim me senti a pessoa mais feliz do mundo só por ter o prazer de conviver com o Guto (e com o Tijolo, rs) todos os dias. 
O romance aqui se chama rotina e é uma delícia de se viver!





“Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei". (I Coríntios 13. 1-2)







terça-feira, 18 de junho de 2013

O Tijolo que faltava por aqui...

Olá meus amigos,
Primeiro quero agradecer a todos que deixaram um "curtir", um comentário ou uma mensagem de carinho e incentivo a respeito do blog. Obrigado!

Bom, o post de hoje é sobre "Tijolo". Para quem não sabe o Guto veio para Rondonópolis para prestar consultoria em uma cerâmica de tijolos. Então, o tijolo é o motivo de estarmos aqui.


Mas tem um outro "Tijolinho" que entrou nas nossas vidas. Nosso pequeno Daushund está agora com 4 meses e nós já passamos vários sustos com ele. Mas, é sempre bom um filhote em casa. Ele morde o pé das cadeiras, morde o nossos pés, se treme todo quando quer carinho (e isso é quase o dia todo, rs), não chora de noite e não pode ver uma criança que corre pra brincar. Sim, o nome dele é Tijolo e é a sensação do condomínio e da clinica veterinária aonde o levamos.
Tem como não amar?




Ah! Impossível não comentar a respeito: Parabéns Brasil - Parabéns Rio de Janeiro! 



Um beijo a todos,
Priscilla 
(Breve um post do Guto aqui, tenham fé! rs)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Quase 5 meses depois...

E já se foram quase cinco meses que saímos do Rio de Janeiro. Poucos sabem que no dia 29 de janeiro de 2013 fomos até o aeroporto Santos Dummont no Rio de Janeiro e esperamos mais de 3h para descobrir que o aeroporto estava fechado por causa do mal tempo e o nosso voo não tinha previsão de decolagem. Pra quem estava de mudanças, foi até um alívio saber que eu teria algumas horinhas a mais junto das pessoas amadas, voltamos pra casa, fomos à Parmê, dormimos e ao acordamos a realidade voltou e mais uma vez pegamos nossas malas (MUITAS!) e fomos a caminho do Aeroporto Internacional. Dessa vez, tudo certo, depois de algumas horas pousamos em Rondonópolis e cá estamos desde então.

Estar aqui é uma experiência única, nem maravilhosa, nem ruim, única mesmo! Estamos aprendendo muito sobre a vida, sobre nós dois, sobre nosso relacionamento com Deus e sobre "pets" (rs) já que arrumamos um mascote "Cordeiro Ruiz" para compor o nosso novo lar!
Estamos morando na segunda casa desde que viemos para cá. Considerando que moramos só nós dois e pequeno cachorro, a casa é uma mansão pra gente! É em um condomínio onde estamos tendo a oportunidade de conhecer pessoas legais, de diversas partes do Brasil (junte um grupo de 10 pessoas aqui em Rondonópolis, pelo menos 6 - ou mais - não serão daqui!), cada um com uma história pra contar, cada um com o porquê de vir parar nessa cidadezinha de Mato Grosso! Isso é legal! É uma experiência nova, e como eu disse, UNICA! 

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Falando em pessoas novas, quase toda semana tem um "churrasco dos cariocas" (rs), os amigos do trabalho do Guto que são super divertidos e estão sempre chamando a gente pra fazer alguma coisa. Assim, também conhecemos outras histórias de gente de tudo quanto é parte do Rio de Janeiro, de pessoas diferentes, com culturas diferentes e cheias de experiências pra compartilhar. Tijolo (nosso cão, nosso "super-cão") tem até um padrinho aqui! rs




Não dá pra falar de tudo em um post só (até porque se não o blog fica sem graça depois :P), mas aqui vai ser um espacinho para comunicação com vocês. Porque assim todo mundo fica sabendo como estamos aqui e podemos dividir um pouco das nossas experiências e diminuir a saudade dos nossos amigos!

Bom, é isso.
Saudades de todos vocês.
Abraços "rondonopolitanos"

Até a próxima,